Amor por Contrato (título original: The Joneses) é aquele filme da família de comercial de margarina que muitos gostariam se de tornar. Esta é a base de uma boa reflexão a se fazer sobre influências de consumo que estão acontecendo fora da publicidade tradicional. O Filme é o primeiro trabalho como diretor de longa-metragem do alemão Derrick Borte, antes ele era um artista gráfico.
A história se inicia com a família Jones se mudando para uma nova casa em um bairro de classe alta. O casal Steve (David Duchovny) e Kate Jones (Demi Moore) são pais dos jovens Mick (Ben Hollingsworth) e Jenn Jones (Amber Heard). Todos desfilam naturalmente com produtos que logo se tornam desejados por todos os vizinhos do bairro. Este seria exatamente o desejo da família, aliás, o trabalho dela. A família é formada por um grupo de funcionários, sem nenhum grau de parentesco, da LifeImage, cujo objetivo é fomentar o marketing do mercado de luxo entre as famílias reais da vizinhança.
As ações dos Jones exemplificam bem a temática dos padrões de consumo de massa impostos pela mídia, em especial, o padrão imposto de forma mais sutil, por meio da recomendação de consumidores “comuns” ou mesmo de formadores de opinião que seriam supostamente bem sucedidos com aqueles produtos. Afinal, quem nunca desejou comprar um produto divulgado de forma encantadora por uma celebridade ou blogueiro influente?
O ponto principal do filme surge ao nos fazer questionar sobre dois pontos: Primeiramente, até onde os profissionais da área de vendas são capazes de chegar em favor da manipulação? Segundo, até que ponto o consumidor se afundaria financeiramente e emocionalmente numa vida de aparências, algo bem representado pelo casal Symonds (interpretados por Gary Cole e Glenne Headly)?
Talvez já existam famílias como estas influenciando o consumo pelo mundo e ninguém tenha percebido. A questão final deste post é: O que você faria se descobrisse?
